Uma pesquisa conjunta da Universidade Tecnológica de Nanyang (NTU Singapura) e da Universidade de Tecnologia de Delft (TU Delft), publicada em janeiro de 2025, projeta que o nível do mar pode subir entre 0,5 e 1,9 metro até 2100, caso as emissões globais de CO₂ continuem a crescer. Essa estimativa é 90 centímetros superior à previsão mais recente da ONU, que indica um aumento de 0,6 a 1 metro.
A pesquisa se baseia em modelos climáticos que consideram o derretimento das geleiras e outros fenômenos climáticos, mas aponta que os resultados podem variar, tornando difícil prever aumentos extremos com precisão. A projeção mais alta é um cenário de altas emissões de carbono, alertando para os graves impactos que a elevação do nível do mar pode ter sobre comunidades costeiras, infraestrutura e ecossistemas.
O estudo destaca áreas vulneráveis, como o Rio de Janeiro e outras cidades litorâneas da América do Sul, que correm o risco de submersão parcial devido ao avanço do oceano. A organização Climate Central, especializada em avaliar o risco costeiro, também aponta que localidades como o Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina enfrentam sérios riscos.
Segundo o professor Benjamin Horton, diretor do Earth Observatory of Singapore, a pesquisa é um avanço importante na ciência do nível do mar, destacando a urgência de ações para enfrentar a crise climática e minimizar seus efeitos nas populações e no meio ambiente.
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