O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) suspendeu, por meio de portaria publicada nesta quarta-feira (27), a realização de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomeração de aves, visando mitigar o risco de disseminação da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP-H5N1) no Brasil. A medida também abrange a criação de aves ao ar livre, sem telas de proteção nos piquetes. Essas restrições valerão por 180 dias, com possibilidade de prorrogação.
Para a realização de eventos, será necessária autorização do Serviço Veterinário Estadual, que avaliará a situação epidemiológica local e exigirá um plano de biosseguridade para evitar a propagação da doença. A decisão ocorre em um momento de preocupação global, já que países vizinhos ao Brasil, como os Estados Unidos, têm registrado surtos da gripe aviária, que afetaram a produção de alimentos e resultaram em uma infecção humana fatal.
A influenza aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta aves silvestres e domésticas. Embora a infecção humana seja rara, ela pode ocorrer pelo contato direto com aves infectadas. Os sintomas em humanos são semelhantes aos da gripe comum, como febre, dor no corpo e tosse. O risco de infecção é considerado baixo para quem consome carnes ou ovos de aves inspecionadas.
Desde 2003, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou 874 infecções humanas por gripe aviária, com 458 mortes, o que demonstra a alta letalidade do vírus. Por isso, em casos suspeitos ou confirmados, é recomendado o uso de medicamentos antivirais dentro de 48 horas após o início dos sintomas.
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