Com apenas 18 anos e apenas três anos dedicados à bocha, o potiguar José Antônio está se destacando como uma das maiores promessas da modalidade paralímpica. Natural de São José de Mipibu e atleta da Sadef (Sociedade Amigos do Deficiente Físico do RN), José Antônio se consagrou campeão mundial juvenil na classe BC4, conquistando todas as disputas de maneira invicta. Ele foi o único brasileiro a vencer nas disputas individuais, o que destaca ainda mais seu talento e dedicação.
Antes de entrar para a bocha, José Antônio praticava natação, onde já mostrava resiliência ao lutar contra suas próprias limitações. Em 2022, o técnico Alexsandro Silva, que "descobriu" o atleta, o convidou para conhecer a bocha. No mesmo ano, José Antônio conquistou seu primeiro título, sendo campeão no Regional Escolar Nordeste. Desde então, o jovem não sai do pódio, incluindo conquistas no Campeonato Brasileiro de Jovens, Brasileiro Adulto e até no Mundial de Bocha na Colômbia.
A bocha paralímpica, praticada por atletas com paralisia cerebral ou deficiências severas, exige muita técnica, já que os participantes competem sentados em cadeiras de rodas e devem arremessar bolas para se aproximar da bola branca. A modalidade permite o uso de mãos, pés e calhas para ajudar atletas com maior comprometimento motor.
José Antônio nasceu com Distrofia de Duchenne, uma doença genética rara que afeta principalmente meninos e causa a degeneração progressiva dos músculos. Apesar da condição, ele tem superado desafios e se mostrado um verdadeiro exemplo de superação e talento no esporte paralímpico.
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