A greve dos trabalhadores da educação no Rio Grande do Norte, iniciada em 25 de fevereiro, segue sem solução enquanto o Governo do Estado aguarda uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a implementação do piso salarial de 2025. Na última terça-feira (11), representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sinte/RN) se reuniram com o secretário-adjunto do Gabinete Civil, Ivanilson Maia, para discutir os impasses no pagamento do piso e do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da categoria. A greve permanece ativa, e os trabalhadores exigem o cumprimento de seus direitos.
O coordenador do Sinte/RN, Bruno Vital, explicou que o sindicato recorreu ao STF para contestar uma decisão do Tribunal de Justiça do estado, que suspendeu o pagamento dos reajustes aos educadores, incluindo os retroativos de 2023 e 2024. O governo estadual propôs um reajuste de 6,27% em duas parcelas, o que foi rejeitado pelos professores, que exigem o pagamento integral ainda em março. A governadora Fátima Bezerra (PT) está em Brasília, buscando uma solução por meio de uma audiência com o ministro do STF, Edson Fachin.
Em reunião, o Sinte/RN destacou as dificuldades financeiras do estado para viabilizar o reajuste, mas afirmou que a alegação de crise fiscal não pode justificar o descumprimento dos direitos dos trabalhadores. A categoria também cobrou uma reorganização financeira para garantir o pagamento do piso e a quitação das pendências de 2023 e 2024. Os professores também manifestaram preocupação com a falta de avanços nas discussões sobre o Plano de Carreira dos educadores.
A greve, que afeta as aulas na rede estadual de ensino desde o dia 25 de fevereiro, deve continuar até que o governo apresente uma nova proposta. O Sinte/RN também criticou a perseguição a professores temporários que aderem à greve e cobrou direitos como o pagamento do 13º salário e o terço de férias para esses profissionais. O sindicato planeja novas reuniões e assembleias nos próximos dias para avaliar os próximos passos da mobilização.