Entregadores por aplicativos de todo o Brasil farão uma paralisação nesta segunda (31) e terça-feira (1º), em protesto organizado pela Aliança Nacional dos Entregadores de Aplicativos (Anea). A greve, que conta com a adesão de trabalhadores de todos os estados, tem como principal reivindicação o reajuste da taxa mínima de entrega, que permanece em R$ 6,50 desde 2020, apesar da inflação. Além disso, os entregadores exigem aumento no valor pago por quilômetro, limitação de 3 km para rotas de bicicleta e pagamento integral em casos de múltiplos pedidos no mesmo trajeto.
A Anea denuncia a exploração dos entregadores pelas plataformas, que não oferecem suporte adequado, como cobrir os custos de combustível e manutenção dos veículos. "Sem reajustes justos, rodamos sem ganhos compatíveis com o custo de vida, enfrentando riscos diários", afirmou a organização. Para fortalecer o movimento, estão previstas manifestações, motociatas, carreatas e pedaladas em diversas cidades.
Além da paralisação, os entregadores denunciam práticas antissindicais por parte das plataformas, como a oferta de bônus de até R$ 800 para aqueles que continuarem trabalhando durante a greve. A União dos Motofretistas e Mototaxistas de Mogi Guaçu e Baixada Mogiana (Ammobam) alerta que essa estratégia visa desmobilizar a luta por melhores condições de trabalho.
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