Cristian Cravinhos, condenado pelo assassinato do casal Richthofen em 2002, foi solto na noite desta quarta-feira (5) após a Justiça autorizar que ele cumpra o restante da pena em regime aberto. Ele estava preso na Penitenciária “Dr. José Augusto Salgado”, a P2 de Tremembé, no interior de São Paulo.
A decisão foi assinada pela juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, da Vara de Execuções Criminais de Taubaté. No documento, ela destacou que Cravinhos manteve bom comportamento na prisão, cumpriu o tempo necessário para progressão de regime e recebeu um parecer favorável em exame psicológico.
O Ministério Público de São Paulo foi contra a concessão do benefício, mas a juíza considerou que as objeções do órgão não eram suficientes para negar a progressão de pena. Segundo ela, Cravinhos já usufruiu de saídas temporárias sem registros de infrações e cumpriu todos os requisitos previstos na Lei de Execução Penal.
Para permanecer em liberdade, Cristian Cravinhos terá que seguir uma série de regras, como:
• Comparecer trimestralmente à Vara de Execuções Criminais para informar suas atividades;
• Ter uma ocupação lícita e comprovada;
• Recolher-se em casa entre 22h e 6h, inclusive em fins de semana e feriados, salvo autorização da Justiça;
• Não mudar de residência ou de comarca sem autorização judicial;
• Não frequentar bares, casas de jogos e outros locais considerados incompatíveis com o benefício.
Se descumprir qualquer uma dessas regras, ele poderá perder o direito ao regime aberto e voltar para a prisão.
Antes da decisão, Cravinhos passou por um exame psicológico, que apontou dificuldades em lidar com emoções e manter relações interpessoais. Segundo o laudo, ele adota estratégias de racionalização e distanciamento emocional, além de demonstrar pouco interesse por interações sociais.
Mesmo com esses apontamentos, a juíza considerou que ele estava apto a retornar à sociedade e não determinou o uso de tornozeleira eletrônica. Ele poderá cumprir a pena em sua própria casa, desde que informe previamente o endereço à Justiça.
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