Nos últimos meses, cinco mães enfrentaram a dor devastadora de perderem seus bebês na Maternidade Divino Amor, em Parnamirim, Rio Grande do Norte. Essas tragédias levantaram sérias preocupações sobre a qualidade do atendimento e as condições estruturais da unidade de saúde.
Relatos de familiares apontam para possíveis casos de negligência médica e infraestrutura inadequada. Uma das mães afetadas afirmou ter sido liberada do hospital mesmo apresentando sintomas preocupantes, como perda de líquido e dores intensas. Ela só foi informada sobre a morte fetal em uma visita subsequente à maternidade.
Em resposta às denúncias, a Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Parnamirim realizou uma visita à Maternidade Divino Amor em 13 de março de 2025. Durante a inspeção, os vereadores constataram problemas estruturais significativos, incluindo infiltrações, mofo nas paredes, elevadores danificados e banheiros desativados. Além disso, foram identificados equipamentos sem manutenção e obras paralisadas, comprometendo a qualidade do atendimento.
A direção da maternidade emitiu uma nota de esclarecimento expressando pesar pelas perdas e destacando que investigações internas estão em andamento para apurar as circunstâncias dos óbitos. A instituição afirmou que está colaborando com as autoridades competentes, incluindo o Conselho Regional de Medicina, para esclarecer os fatos e garantir transparência no processo.
Diante dessa situação alarmante, a comunidade de Parnamirim clama por providências imediatas da Prefeitura Municipal e da prefeita Nilda Cruz. É essencial que medidas urgentes sejam adotadas para garantir a segurança e a qualidade do atendimento na Maternidade Divino Amor, evitando que outras famílias passem pela dor de perder um ente querido devido a possíveis falhas no sistema de saúde.
Uma audiência pública está agendada para o dia 31 de março, às 18h30, no Plenário Dr. Mário Medeiros, da Câmara Municipal de Parnamirim. O objetivo é debater a situação da maternidade e analisar os relatórios que serão apresentados pela instituição. A participação da população é fundamental para buscar soluções efetivas e assegurar que tragédias como essas não se repitam.
A saúde pública é um direito de todos, e cabe às autoridades municipais garantir que as unidades de saúde ofereçam atendimento digno e de qualidade à população. As famílias afetadas merecem respostas claras e ações concretas para que possam encontrar algum conforto em meio à dor e para que outras vidas sejam preservadas no futuro.
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