A cúpula da CBF decidiu pela demissão do técnico Dorival Jr. do comando da seleção brasileira. A reunião marcada entre o presidente Ednaldo Rodrigues e o treinador nesta tarde tem o objetivo de discutir o trabalho do técnico, mas não há expectativa de reversão da decisão. A principal razão para a saída de Dorival Jr. foi a goleada de 4 a 1 sofrida para a Argentina em Buenos Aires, considerada o ponto culminante de um processo de desgaste que vinha se arrastando desde a Copa América.
A derrota para a Argentina expôs falhas táticas, com a seleção sendo dominada principalmente no meio de campo, e a falta de soluções por parte do treinador. A CBF viu uma queda no desempenho do time desde o início do trabalho de Dorival Jr., que começou bem nos amistosos contra Inglaterra e Espanha, mas teve dificuldades nas convocações e nos resultados nas Eliminatórias para a Copa do Mundo. A troca constante de jogadores nas convocações gerou uma sensação de falta de base e consistência.
Além disso, o fato de Lucas Silvestre, filho de Dorival Jr., ser o principal auxiliar técnico causou desconforto dentro da CBF, que esperava que o ex-jogador Juan, contratado para ser um contraponto, tivesse mais influência nas decisões táticas. A situação de Rodrigo Caetano, coordenador de seleções, também está sendo avaliada, já que havia uma expectativa de que ele ajudasse a desafiar as decisões do técnico, o que não parece ter ocorrido.
Enquanto a CBF ainda não fez contato com outros treinadores, a preferência é por um nome estrangeiro. Entre as opções estão Carlo Ancelotti, Jorge Jesus e Abel Ferreira, mas a definição do substituto só ocorrerá após o término da passagem de Dorival Jr. pela seleção.
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