Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificaram a presença do verme Angiostrongylus cantonensis, causador da meningite eosinofílica, em moluscos como caracóis, lesmas e o caramujo africano em 26 cidades do Rio de Janeiro. Esse parasita pode infectar humanos quando ingerem alimentos contaminados com o muco desses animais, que contém as larvas do verme.
A doença, que já registrou cerca de 40 casos confirmados no Brasil, incluindo uma morte em Nova Iguaçu em 2024, pode causar sintomas como dor de cabeça intensa, febre, rigidez na nuca e, em casos mais graves, complicações neurológicas e até óbito. A meningite eosinofílica é uma condição rara, mas potencialmente grave, especialmente se não for diagnosticada e tratada adequadamente.
Diante desse cenário, as autoridades de saúde reforçam a importância de higienizar adequadamente os alimentos, principalmente verduras e frutas, e evitar o contato direto com moluscos que possam estar infectados. Recomenda-se lavar os alimentos com água potável e, se possível, deixá-los de molho em uma solução de água com vinagre ou hipoclorito de sódio. Além disso, é crucial evitar o consumo de caracóis crus ou mal cozidos.
A Fiocruz alerta ainda para a necessidade de educação e conscientização da população sobre os riscos associados ao manuseio e consumo inadequado desses animais, que são hospedeiros intermediários do parasita. A vigilância epidemiológica também deve ser intensificada para monitorar a disseminação do verme e prevenir novos casos da doença.
Informações FJ
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