Os ovos de Páscoa deste ano devem chegar às prateleiras com um aumento médio de 15% no preço, segundo a Associação Cearense de Supermercados (Acesu). O motivo é a disparada no valor do cacau, que subiu 189% no mercado internacional devido à oferta reduzida causada por crises climáticas e sanitárias em grandes produtores africanos.
Para amenizar o impacto ao consumidor, supermercados apostam em promoções e ajustes nas margens de lucro. Já a indústria de chocolates busca alternativas, como o uso de mais recheios e coberturas para reduzir a necessidade de cacau nos produtos.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), a alta no custo não será totalmente repassada aos preços finais, pois parte do impacto é absorvida pelo setor. A Páscoa tardia deste ano, em abril, deve seguir a tendência de preços observada no mercado de chocolates nos últimos meses.
No Brasil, a produção de cacau tem crescido, mas ainda não compensa as pressões globais. Apesar dos desafios, a indústria alimentícia registrou um faturamento recorde de R$ 1,277 trilhão em 2024, com o Ceará contribuindo com R$ 17 bilhões e mais de 51 mil empregos diretos.
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