O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta quarta-feira (29) com representantes de bancos para discutir uma proposta que pretende ampliar o acesso de trabalhadores do setor privado ao crédito consignado, utilizando o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial). O encontro contou com a presença dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e da Casa Civil, Rui Costa.
Durante a reunião, o ministro Haddad ressaltou que a plataforma do eSocial permitirá que milhões de trabalhadores, que atualmente não têm acesso a esse tipo de crédito, possam comparar as taxas de juros praticadas pelos bancos. A proposta consiste na criação de uma plataforma digital que permitirá a comparação das taxas de juros praticadas pelos bancos, oferecendo uma alternativa mais acessível e com menores custos. A previsão é de que a plataforma esteja disponível ainda este ano, permitindo que milhões de trabalhadores da iniciativa privada, que hoje não têm acesso ao crédito consignado, possam contratar empréstimos com condições mais favoráveis.
O uso do eSocial como ferramenta para viabilizar o crédito consignado está relacionado à possibilidade de oferecer maior transparência e segurança nas informações dos trabalhadores e das empresas, o que pode resultar em uma redução no risco e no custo do crédito. Com a implementação da medida, espera-se que a carteira de crédito para trabalhadores da CLT possa crescer significativamente, passando dos atuais R$ 40 bilhões para R$ 120 bilhões.
O ministro Fernando Haddad destacou que, com essa medida, trabalhadores que hoje enfrentam juros elevados, superiores a 6% ao mês, poderão ter acesso a taxas mais baixas. A proposta é uma forma de democratizar o crédito e melhorar as condições financeiras para os trabalhadores privados.
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