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Diagnosticada com um tumor raro no tórax, a jovem Sabrina Gomes, de Fortaleza, enfrenta não apenas problemas respiratórios e insuficiência renal, mas também uma mudança acentuada na coloração da pele. O timoma que carrega desde a adolescência estimula a produção excessiva do hormônio ACTH, que, ao se ligar aos receptores das células da pele, provoca hiperpigmentação, escurecendo algumas regiões do corpo.
Além da alteração na cor da pele, Sabrina convive com os efeitos debilitantes da Síndrome de Cushing, que incluem pressão alta e distúrbios metabólicos. Após submeter-se a quimioterapias, radioterapia e diversas cirurgias, ela aguarda um medicamento de alto custo que, segundo decisão judicial, deve ser fornecido pela Secretaria Estadual de Saúde do Ceará (Sesa). Apesar de ser considerado essencial para frear o crescimento do tumor, o remédio ainda não foi disponibilizado, mesmo após decisão judicial favorável em março de 2024.
Sobre o tumor
O timoma é considerado um tumor raro, com prevalência de aproximadamente 0,15 casos a cada 100 mil pessoas por ano no mundo, segundo dados médicos. Embora seja mais comum em adultos entre 40 e 60 anos, o caso de Sabrina é ainda mais incomum, tanto pela manifestação na adolescência quanto pelos sintomas únicos que incluem a Síndrome de Cushing e a mudança de coloração da pele devido ao excesso de ACTH.
Estima-se que entre 1,5 e 5% dos timomas possam produzir ACTH, como no caso de Sabrina. Casos com esse tipo específico de produção hormonal, resultando em hiperpigmentação e outros distúrbios metabólicos, são extremamente raros, e há poucos relatos médicos documentados no mundo de situações semelhantes.