A Reitoria do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) determinou o corte nas verbas indenizatórias de servidores que participaram da greve de 2024, decisão que causou indignação entre os trabalhadores e a Diretoria do SINASEFE Seção Natal. A medida foi justificada pela gestão do instituto, que, por meio de despachos da Assessoria de Legislação da DIGPE e da Coordenação Geral de Cadastro e Pagamento, informou que os descontos seriam aplicados por entender que “o desconto é ônus inerente à greve”.
O auxílio transporte, segundo a Reitoria, será descontado por conta da ausência de deslocamento casa-trabalho-casa durante o período de paralisação. Já os adicionais laborais, que compensam o risco de atividades exercidas em condições especiais, também foram cortados, uma vez que os servidores ficaram afastados da exposição a esses riscos durante a greve.
A decisão foi amplamente criticada pelos servidores, que apontam a medida como uma punição injusta, especialmente considerando que o Acordo Nacional de Greve não previa tais deduções. Em uma publicação no site da SINASFE, o assessor jurídico do sindicato, Carlos Alberto Marques, afirmou que "mais uma vez a Reitoria do IFRN se arvora de interpretar o que não cabe a ela e decide cobrar as verbas indenizatórias, mesmo quando o Acordo de Greve orienta o contrário”.
Em resposta à decisão da Reitoria, o sindicato anunciou que solicitará uma audiência pública com o reitor José Arnóbio de Araújo Filho para buscar explicações e cobrar posicionamento sobre o impacto financeiro causado aos servidores.
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