Henrique Eduardo Lima da Silva foi condenado a 24 anos de prisão |
Autor do crime que resultou na morte de João Vitor Brito Linhares, de 15 anos, e na tentativa de homicídio contra João Vieira Linhares, Henrique Eduardo Lima da Silva foi condenado a 24 anos de prisão em regime fechado. Ele foi sentenciado pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado, ocorridos em 31 de dezembro do ano passado, na praia de Zumbi, em Rio do Fogo. O julgamento foi realizado nesta segunda-feira (11), em Touros.
Os crimes ocorreram após um desentendimento entre crianças. O conflito teve início quando duas meninas, de 6 e 4 anos, brincavam na praia e foram abordadas por um menino de aproximadamente 10 anos. Após recusarem brincar com ele, o menino proferiu ofensas, e as mães das crianças intervieram, questionando-o sobre a presença de seus pais.
Um homem que acompanhava o menino reagiu de forma exaltada, alegando que o garoto era especial e não deveria ser questionado. João Vieira Linhares tentou apaziguar a situação, que parecia resolvida. No entanto, cerca de 40 minutos depois, a discussão foi reacendida quando a mãe de uma das meninas foi impedida de deixar o local por outra mulher, que afirmou que o pai do menino estava indo à praia para resolver a situação.
Ao chegar no local, Henrique Eduardo agrediu uma mulher com um soco, iniciando uma nova discussão. Durante o confronto, ele sacou uma arma branca e atacou João Vitor, que havia ido chamar o pai, e João Vieira. João Vitor não resistiu aos ferimentos e morreu, enquanto João Vieira conseguiu escapar.
A Justiça reconheceu a materialidade e a autoria dos crimes, condenando Henrique Eduardo por homicídio qualificado, considerando o motivo fútil e o recurso que dificultou a defesa da vítima. A sentença também levou em conta a culpabilidade do réu, a forma como o crime foi cometido e as consequências para as vítimas e seus familiares.
Henrique Eduardo foi condenado a 18 anos de prisão pelo homicídio qualificado e 6 anos pela tentativa de homicídio qualificado, totalizando 24 anos em regime fechado. Ele já está detido em uma unidade prisional do estado. Os familiares de João Vitor estão sendo acompanhados pelo Núcleo de Apoio às Vítimas de Violência Letal e Intencional (Nuavv), do MPRN.
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