Erosão na praia de Ponta Negra é destaque no jornal Estadão de São Paulo

Foto: Prefeitura do Natal

Capital no Nordeste decreta emergência por risco de colapso em cartão-postal


Os principais cartões-postais de Natal, o Morro do Careca, na praia de Ponta Negra, e a Via Costeira, que se estende de leste a sul da cidade, estão sofrendo processo erosivo considerado crônico por especialistas. Na última semana, o avanço das marés acima do normal levou a capital potiguar a decretar emergência por 90 dias.

Medidas emergenciais, como o isolamento do Morro do Careca com sacos de areia, foram adotadas como forma de mitigar o risco de colapso da formação geológica natural. Em paralelo, teve o início a engorda da praia de Ponta Negra e de um trecho da Via Costeira, que promete expandir a faixa de areia em até 100 metros durante a maré baixa.

Medidas emergenciais, como o isolamento do Morro do Careca com sacos de areia, foram adotadas como forma de mitigar o risco de colapso da formação geológica natural. Foto: Magnus Nascimento/Secom/Prefeitura do Natal


O que ocorre na região da praia de Ponta e Via Costeira é um processo erosivo que acomete o Rio Grande do Norte como um todo. Aliás, a grande maioria das praias arenosas do mundo está enfrentando processo de erosão acelerado em razão da emergência climática, das energias oceânicas cada vez mais intensas. Sobretudo as ondas e as correntes”, diz Venerando Eustáquio, professor de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

“As marés também têm se mostrado cada vez mais intensas e chegam ao litoral, onde já estamos, com um processo erosivo instalado há décadas”, acrescenta Eustáquio. Outras cidades costeiras, como Caraguatatuba, em São Paulo, têm erguido até muros no encontro do rio com o mar para evitar mais estragos.

No decreto 13.192, de 20 de setembro, a prefeitura lista que o “avanço das marés acima da normalidade tem provocado o agravamento da erosão marinha, destruição dos equipamentos dissipadores da drenagem na praia de Ponta Negra, bem como destruição parcial da proteção costeira de hotéis e de rampas de acesso à praia”.


Além disso, ressalta que foi identificada “acentuada desagregação de blocos de sedimento, fragilidade erosiva, risco de solapamento do solo, carreamento superficial de areia, colapsos de arcos sedimentares, entre outros”.

O Morro do Careca, que ao longo dos anos teve sua paisagem natural modificada em virtude do avanço da erosão, é patrimônio histórico e cultural da capital potiguar.


Estadão/ Reportagem: Por Ricardo Araújo


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