Recentemente, quatro indivíduos ligados à máfia italiana Cosa Nostra foram presos em uma operação conjunta das autoridades italianas, com apoio do Ministério Público Federal (MPF) do Brasil. As prisões, decretadas pela Justiça italiana, são parte de um esforço internacional para combater crimes como extorsão, lavagem de dinheiro e transferências fraudulentas de valores. Mais de 350 mil euros, equivalente a R$ 2,1 milhões, além de bens de nove empresas em vários países, incluindo Brasil, Itália, Suíça e Hong Kong, foram bloqueados.
As prisões são um desdobramento da Operação Arancia, que teve início em 13 de agosto de 2024, em Natal (RN), focando na ramificação da Cosa Nostra no Brasil, onde o grupo tem forte presença. O empresário Giuseppe Bruno, um dos principais líderes da organização, foi detido durante essa operação.
As investigações revelaram que a máfia utilizava empresas fictícias para movimentar e ocultar cerca de R$ 300 milhões em fundos ilícitos desde 2009, visando infiltrar-se no mercado imobiliário e financeiro brasileiro. Através de complexos mecanismos de lavagem de dinheiro, estima-se que o total de ativos investidos pela Cosa Nostra possa ultrapassar 500 milhões de euros, mais de R$ 3 bilhões.
Em setembro, o MPF denunciou nove indivíduos, incluindo três italianos e seis brasileiros, por organização criminosa internacional e lavagem de dinheiro. Três dos líderes, incluindo Giuseppe Calvaruso e Pietro Lagodana, já estão em custódia. O MPF solicitou a manutenção da prisão preventiva dos envolvidos, visando desmantelar a operação mafiosa que opera no Brasil.
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