O cantor Leonardo, nome artístico de Emival Eterno da Costa, foi incluído na mais recente atualização da “Lista Suja” do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), publicada nesta segunda-feira (7). A inserção de seu nome ocorreu após uma fiscalização em sua propriedade rural, a Fazenda Talismã, localizada no município de Jussara, no estado de Goiás, onde foram constatadas irregularidades que configuram condições de trabalho análogo à escravidão. Essa situação coloca o cantor entre os 176 empregadores que foram adicionados à lista nesta edição.
Além de Leonardo, outros setores da economia também se destacaram por práticas semelhantes. A produção de carvão vegetal foi a atividade com maior número de inclusões, somando 22 empregadores, sendo 12 em florestas plantadas e 10 em florestas nativas. A criação de bovinos, com 17 empregadores, e a extração de minerais, com 14, também aparecem com números significativos. Outras atividades citadas incluem o cultivo de café e a construção civil, cada uma com 11 empregadores.
Esta edição da “Lista Suja” também chama a atenção para o aumento das ocorrências de trabalho análogo à escravidão no âmbito doméstico, com 20 empregadores inseridos por violarem os direitos de trabalhadores domésticos. A inclusão na lista gera sérias consequências para os empregadores, como restrições ao acesso a crédito em bancos públicos e privados, danos à reputação e possibilidade de ações judiciais.
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