A cidade de Caicó, no Seridó do Rio Grande do Norte, registrou um nível de umidade relativa do ar comparável ao deserto do Saara na terça-feira (3), segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A umidade chegou a apenas 20%, um valor extremamente baixo, semelhante aos níveis observados nos desertos mais secos do mundo, como o Saara, onde a umidade varia entre 14% e 20%.
O fenômeno é resultado de uma forte onda de calor que vem atingindo diversas regiões do Brasil no início de setembro. O interior de estados como São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul também registrou temperaturas altíssimas, com máximas de até 40°C. Em Caicó, o calor extremo, combinado com a seca, fez com que a umidade do ar atingisse níveis críticos, afetando a qualidade de vida da população.
Especialistas explicam que, durante a estação seca, é comum a umidade do ar cair, mas o cenário deste ano se agrava devido à seca severa e prolongada. A falta de chuvas há mais de cem dias em várias regiões do país tem contribuído para a evaporação da pouca umidade presente na atmosfera, elevando as temperaturas e criando condições desérticas.
Além do desconforto causado pelo calor intenso, a baixa umidade do ar traz riscos à saúde. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a umidade ideal para o bem-estar humano deve estar entre 40% e 70%. Quando cai para 20%, como em Caicó, a situação pode levar a problemas respiratórios, ressecamento das mucosas, cansaço e dores de cabeça, especialmente em pessoas com doenças respiratórias preexistentes
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