Dois advogados se tornaram alvo da Operação MALVACEAE 2, deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Rio Grande do Norte (FICCO/RN) nos dias 2 e 3 de setembro. A ação investiga a atuação de profissionais da advocacia que, de forma ilícita, utilizavam suas prerrogativas funcionais para promover a comunicação entre membros de uma facção criminosa, incluindo tanto presos quanto integrantes em liberdade.
Conforme as investigações, esses advogados facilitavam a troca de informações entre os criminosos durante visitas de atendimento jurídico em unidades prisionais. Recados e ordens eram recebidos e repassados, criando um canal de comunicação que ajudava a organização criminosa a coordenar suas atividades tanto dentro quanto fora dos presídios. A operação foi autorizada pela Unidade Judiciária de Delitos de Organizações Criminosas (UJUDOCRIM) do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte.
Prisões e Buscas Realizadas pela Operação MALVACEAE 2
A operação resultou no cumprimento de dois mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão pessoal e domiciliar contra os advogados investigados. Eles foram indiciados por participação em uma organização criminosa que atua no Rio Grande do Norte. As investigações indicaram ainda que um dos advogados também participava ativamente de um esquema de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas, operado pelo grupo criminoso com atuação na Zona Norte de Natal. Esse grupo já havia sido identificado na primeira fase da Operação MALVACEAE, realizada em 29 de fevereiro de 2024.
Os advogados indiciados, cujos nomes não foram revelados pelas autoridades, agora enfrentarão a justiça sob acusações graves, e a operação ainda pode ter novos desdobramentos, com possíveis novas fases de investigações para aprofundar o caso e identificar outros envolvidos.
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