Um morador da Zona Norte de Natal, RN, foi recentemente identificado pelo Laboratório de Imuno-hematologia do Hemonorte como portador de um fenótipo sanguíneo raro, o r’r’ (D-C+c-E-e+). Com essa descoberta, o doador passa a integrar o Cadastro Nacional de Sangue Raros (CNSR) do Ministério da Saúde, uma rede que conecta hemocentros e facilita a localização de doadores com tipos sanguíneos raros em situações de necessidade.
Dada a raridade do fenótipo encontrado, que ocorre em apenas 1 a cada 25 mil doadores (cerca de 0,004% da população mundial), indivíduos com características sanguíneas tão incomuns são orientados a doar sangue apenas quando convocados pelo hemocentro e para um paciente específico. Isso se deve à importância de preservar essas doações únicas para momentos de extrema necessidade médica.
De acordo com o farmacêutico-bioquímico Francisco Júnior, chefe do Laboratório de Imuno-Hematologia do Hemonorte, "a frequência desse fenótipo é extremamente baixa". Para entender melhor a genética por trás dessa raridade, o Hemonorte também convocou filhos e irmãos do doador para testagem e verificação da presença desse mesmo tipo sanguíneo na família.
A inclusão do doador no CNSR possibilita que o sangue raro seja utilizado em situações emergenciais ou para pacientes com necessidades específicas. Um exemplo recente de aplicação foi o envio de três bolsas de sangue fenotipadas (R1r Diª-) do Hemonorte para o Hemocentro de Campina Grande, na Paraíba, destinadas a um paciente imunizado com anticorpos anti-Diª.
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