Já imaginou trabalhar menos horas por dia ou até mesmo apenas quatro dias por semana, sem perder o salário? Essa ideia está ganhando força no Senado brasileiro e promete transformar a rotina de trabalho.
Recentemente, o Senado começou a debater propostas que podem transformar radicalmente a rotina de trabalho dos brasileiros. A ideia é reduzir a carga horária sem que isso signifique um corte no salário.
E olha só, a maioria dos trabalhadores parece estar a favor: uma pesquisa revelou que 85% acreditam que teriam uma vida bem melhor com um dia livre a mais por semana, enquanto 78% acham que ainda dariam conta do recado no trabalho com menos horas.
Entre as propostas em análise, destaca-se o Projeto de Lei (PL) 1.105/2023, do senador Weverton (PDT-MA), que permite a redução das horas trabalhadas mediante acordo ou convenção coletiva, sem perda salarial. O projeto já foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e agora será analisado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).Projeto de Lei 1.105/2023: Este projeto, proposto pelo senador Weverton (PDT-MA), sugere que a redução das horas de trabalho diárias ou semanais pode ser negociada através de acordos coletivos, garantindo que o salário permaneça o mesmo. A proposta visa dar flexibilidade ao mercado e proteger o trabalhador contra possíveis perdas financeiras.
Apresentada pelo senador Paulo Paim (PT-RS), essa emenda propõe uma redução gradual da jornada de trabalho semanal para 36 horas. A ideia é diminuir a carga horária em uma hora a cada ano até atingir o novo limite.Além das propostas anteriores, uma sugestão legislativa busca reverter mudanças nas leis trabalhistas feitas nos últimos anos. A proposta inclui a volta ao limite de 8 horas diárias e 40 horas semanais.
O aumento de casos de burnout e estresse no trabalho tornou essa discussão ainda mais relevante. Com a síndrome de burnout sendo recentemente incluída na lista de doenças ocupacionais, a redução da carga horária surge como uma possível solução para aliviar a pressão sobre os trabalhadores e melhorar a saúde mental.
A redução, porém, ainda sofre resistências e pode se mostrar mais complexa em determinados setores, como comércio e serviços, avalia o presidente da CUT-DF. Em geral, as empresas buscam o máximo de produtividade, muitas delas com apenas um dia de descanso para o trabalhador.
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