Olimpíadas de Paris começam com problemas dentro e fora das arenas: vandalismo, assaltos e prisões



Os Jogos Olímpicos de Paris não começaram oficialmente, mas incidentes têm gerado preocupações sobre como a organização lidará com um tema tão sensível e frequentemente abordado durante o ciclo de preparação da França para voltar a abrigar o evento esportivo após 100 anos: a segurança. Consultados pela reportagem do Estadão, os Comitês Olímpico Internacional e Organizador Local ainda não se manifestaram sobre o tema.


Logo no primeiro dia de competições, na quarta-feira, houve invasão de campo por torcedores marroquinos nos minutos finais do polêmico jogo com a Argentina pelo futebol masculino. A bola voltou a rolar após duas horas para o encerramento da partida. O caso foi tratado pelas autoridades como algo de menor potencial, mas ajustes já entraram em vigor no dia seguinte, com atenção redobrada da equipe de segurança das arquibancadas para a estreia do futebol feminino.


No mesmo dia, o técnico da Argentina, Javier Mascherano, afirmou em entrevista que pertences pessoais do jogador Thiago Almada, do Botafogo, foram furtados durante treinamento da seleção em Saint-Étienne. Os relógios e anéis do atletas valem cerca de R$ 300 mil.

Nesta semana, um homem russo, de 40 anos, foi preso por suspeita de participação em um esquema cujo intuito era causar problemas de larga escala na realização desses Jogos Olímpicos. Não há informações sobre qual a natureza das ações planejadas por ele, que morava na França há mais de 10 anos e teria ligações com o serviço de inteligência do país do Leste Europeu.


Pelo lado brasileiro, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) relatou problemas de organização referentes ao transporte de atletas, com atraso dos ônibus que fazem o traslado e confusão nos caminhos para os locais de treinamento e competição, além da pouca variedade de proteína animal ofertada aos atletas no super-refeitório da Vila Olímpico. Por isso, na sede do Time Brasil, em Saint-Ouen, região próxima a Saint-Denis onde fica a Vila, há refeições mais adequadas para os competidores brasileiros.

O caso do furto de bens do ex-jogador Zico, um dos embaixadores do Time Brasil em Paris, também assustou. O ídolo do Flamengo carregava um relógio Rolex, um colar de diamante e dinheiro em uma espécie em uma pasta, que foi colocada no banco de trás de um táxi, quando dois ladrões a pegaram sem que ele notasse.


Nesta sexta-feira, a “sabotagem” aos equipamentos dos trens de alta velocidade da França que ligam cidades francesas a Paris deixaram resquícios na delegação brasileira. Segundo o COB, o chefe da missão brasileira em Paris, Rogério Sampaio, está enfrentando dificuldades para chegar a Paris, após acompanhar a vitória da seleção brasileira feminina de futebol por 1 a 0 sobre a Nigéria em Bordeaux. Rogério tenta chegar a tempo de se reunir com a delegação brasileira na Vila Olímpica para o deslocamento rumo à cerimônia no Rio Sena. Existe o risco de a delegação desfilar sem o chefe da missão.

Ao caminhar pela capital francesa, a reportagem do Estadão notou a presença de um policiamento ostensivo. São 45 mil policiais de 44 países diferentes, incluindo sete do Brasil, 10 mil militares e 2 mil agentes de segurança espelhados pela cidade para garantir a segurança durante a cerimônia que abrirá os Jogos.

A reportagem abordou duas policiais e um policial, mas nenhum dele quis falar, sob o argumento de quem podem sofrer punições caso deem entrevistas.


FONTE ESTADÃO

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