A icônica praia de Ponta Negra, um dos principais cartões-postais de Natal, enfrenta um momento crítico. A tão esperada obra de engorda da praia, que promete revitalizar a faixa de areia e melhorar a infraestrutura turística, corre o risco de ser adiada para 2025. O motivo? A pendência da Licença de Instalação e Operação (LIO), essencial para o início dos trabalhos. A questão envolve burocracia, impacto ambiental e vultosos custos econômicos, colocando em xeque o futuro do projeto.
Embora a licença prévia tenha sido emitida em 2023, a LIO ainda está em análise por uma equipe multidisciplinar do Idema. Segundo, Werner Farkatt, diretor do Idema, a analise está em andamento e afirmou que não há prazo definido para a conclusão do processo, apesar de a lei estipular um limite de quatro meses.
De acordo com a Semurb, a situação também envolve o período ambiental, já que a obra só pode ser realizada entre julho e outubro, período conhecido como "janela ambiental". Após esse intervalo, a chegada de aves migratórias e o aumento da atividade de animais aquáticos complicam as operações e elevam o risco de danos ambientais, portando caso a licença não saia a tempo, a obra terá que ser adiada para 2025, causando prejuízos.
A máquina draga, fundamental para a obra, já está em Natal, pronta para ser utilizada. Cada dia de inatividade representa um custo de R$ 500 mil, tornando a espera economicamente insustentável. O projeto de engorda, avaliado em R$ 73,7 milhões, é importante não apenas para a preservação da praia, mas também para o fortalecimento do turismo e da economia local.
Com a faixa de areia extremamente reduzida durante a maré cheia, comerciantes, turistas e moradores locais enfrentam dificuldades. Bares, barracas e banhistas praticamente não conseguem usufruir do espaço. A engorda promete ampliar a área em até 100 metros na maré seca, transformando a experiência de quem frequenta a praia.
Projeto de Engorda
- Objetivo: A engorda visa alargar a faixa de areia da praia de Ponta Negra, aumentando-a para até 50 metros na maré cheia e 100 metros na maré seca.
- Necessidade: Atualmente, durante a maré cheia, a área de lazer fica extremamente limitada, afetando bares, barracas e banhistas.
- Método: A obra será realizada com a utilização de areia submersa retirada de uma jazida em alto mar.
- Custo: Estimado em R$ 73,7 milhões.
- Executores: O consórcio responsável pela obra é formado pelas empresas DTA e AJM.
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