Se você acha que bordado é apenas um passatempo, é melhor repensar. No pequeno município distante 292 km da capital potiguar, a arte de bordar se transformou em um espetáculo olímpico. Com apenas 2,4 mil habitantes e um terço da população dominando as técnicas do bordado, Timbaúba dos Batistas está mostrando ao mundo que uma cidade pequena pode ter um impacto gigante.
Imagine só: um grupo de 80 bordadeiras, armadas com agulhas e linhas coloridas, tem o desafio de criar uniformes para os atletas brasileiros que desfilarão na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris. E não estamos falando de qualquer uniforme, mas sim de peças adornadas com tucanos, araras e onças, típicas da fauna brasileira. Uma verdadeira explosão de cores e cultura!
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Com 2 a 3 horas de trabalho diário, uma peça leva em média 3 dias para ficar pronta. Mas se a dedicação aumenta para 8 horas, adivinha? A peça fica pronta no mesmo dia! Sim, é quase um milagre da eficiência e do talento.
A parceria entre as bordadeiras e a Riachuelo, que começou com uma peça-piloto, foi tão bem-sucedida que o desafio finalizou com mais de 2.484 peças prontas e entregues em cerca de cinco meses. O último lote saiu em abril, a tempo de ser exibido em Paris.
Enquanto os atletas brasileiros se preparam para fazer história na abertura dos Jogos que acontece nesta sexta (26), as roupas bordadas com o DNA do artesanato potiguar estarão lá para garantir que a tradição e a dedicação das bordadeiras de Timbaúba dos Batistas também sejam celebradas. É um encontro emocionante entre esporte, tradição e inovação, onde cada ponto de bordado carrega um pedacinho do Brasil.
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Então, quando você ver os atletas na abertura dos Jogos Olímpicos, lembre-se: por trás de cada peça há uma história de resiliência, cultura e um toque de arte que só Timbaúba dos Batistas poderia oferecer. O bordado potiguar não é apenas uma arte, é um pedaço da nossa história sendo exibido com orgulho em Paris.
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