Redação,Via Certa
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A Copa do Brasil é do Flamengo pela quarta vez. O time bateu o Corinthians nos pênaltis diante de 68 mil torcedores no Maracanã e garantiu assim o tetracampeonato do clube. Fagner, com um chute no travessão, e Mateus Vital, com um chute a la Roberto Baggio, desperdiçaram as cobranças. Rodinei fez o gol decisivo, após empate por 1 a 1 no tempo normal.
O empate sem gols no jogo de ida havia deixado a decisão sem nenhum grande favorito, mas à boca pequena todos no Rio - e provavelmente a maioria Brasil afora - davam como certo o título para o Flamengo. Afinal, o time jogava em casa, onde conta com ótimo retrospecto, e ia para a final com um elenco, entre titulares e reservas, mais qualificado.
A questão é que, do outro lado, tinha o Corinthians. E, ainda que reconhecesse as dificuldades, o time não estava disposto a ir para o jogo como mero coadjuvante. O técnico Vítor Pereira sabia que, assim como fora na primeira partida, era possível equilibrar forças com um time atento e bem postado. E desequilibrar com alguma surpresa.
A surpresa veio na escalação. Quando se esperava uma formação tradicional, o treinador optou por colocar o lateral Lucas Piton na vaga do meia Adson, recuar Fábio Santos para uma linha de três defensores e, assim, dar mais força ofensiva pelas alas.
O problema é que a estratégia começou a ruir com apenas seis minutos. Mesmo o povoado setor defensivo corintiano não foi capaz de evitar uma rápida troca de passes entre Arrascaeta, Everton Ribeiro e Pedro, que concluiu a jogada tocando na saída de Cássio. O gol que fez explodir o Maracanã foi seu 28º na temporada.
Também não funcionou porque Piton parecia em outra rotação. Ainda que Rodinei lhe concedesse generosos espaços pelo lado esquerdo, o lateral corintiano passou os primeiros 30 minutos sem conseguir concatenar as jogadas. Só foi se encontrar em campo na reta final.
Com o revés no placar e a demonstração de inoperância do primeiro tempo, Vítor Pereira desistiu da surpresa e retornou com o básico para a etapa final, com Adson no meio e com Fábio Santos de volta ao lado do campo.
A mudança surtiu efeito. O Corinthians passou os primeiros dez minutos no campo de ataque e conseguiu exercer alguma pressão. O que o time não conseguiu foi concluir, porque Roger Guedes não saía do flanco esquerdo, Yuri Alberto não saía do encalço de David Luiz, e Renato Augusto não conseguia espaço para seus chutes da entrada da área.