Redação,Via Certa
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A Volkswagen tem alguns comerciais memoráveis ao redor do mundo, inclusive no Brasil, com o Fusca e o Gol, seus carros mais emblemáticos por aqui. Mas o último criado para as redes sociais da marca na Alemanha gerou polêmica. Produzido para divulgar a nova geração do Golf, o comercial foi considerado racista e saiu do ar.
Na propaganda, um rapaz negro aparece apreciando o novo Golf estacionado em frente a um café. Nisso, uma mão branca o “agarra” e o move para longe do carro e de volta para a porta do estabelecimento, no qual ele é empurrado para dentro com um peteleco com os dedos.
Se o caso não fosse ruim o suficiente, o nome escolhido para batizar o café da propaganda foi “Petit Colon”, que pode ser traduzido do francês como “pequeno colono”. Com um pequeno contexto histórico é fácil lembrar que a Alemanha, dentro dos países colonizadores da Europa na África, foi um dos menores, ou seja um “pequeno colono” pela chegada tardia no processo de invasão dos países africanos.
Usuários alemães do Twitter levantaram também a questão sobre a forma com a qual o comercial termina. Ao surgir na tela o slogan “Der Neue Golf”, que traduzido significa “O novo Golf”, as letras antes formam a palavra “neger”. Em alemão, a palavra pode ser uma forma pejorativa de se referir à pessoas negras – o equivalente de “criolo” em português, ou “nigga” em inglês.
Propaganda saiu do ar e VW promete investigar
A propaganda foi retirada do ar e a Volkswagen AG pediu desculpas por meio de uma nota assinada pelo membro do conselho, Jurgen Stackmann, e a Head de diversidade, Elke Heitmüller. A nota evoca até mesmo a culpa pelo passado nazista da companhia como forma de retratar pela propaganda que não deveria ter ido ao ar.
“Nós entendemos o horror que o público sentiu por isso. Ela [a propaganda] ofendeu cada pessoa decente. Nós estamos envergonhados e não podemos explicar agora. Nós vamos fazer todo o possível para deixar claro esse processo [sobre a propaganda]. Buscaremos os resultados e as consequências da investigação se tornarão públicas”.
“Na Volkswagen nós sabemos o histórico e a origem da companhia e a culpa da nossa companhia no regime nazista. E é precisamente por isso que estamos comprometidos a reparar qualquer erro. É por isso que nos opomos a qualquer forma de ódio, agitação e discriminação. A Volkswagen está na Alemanha e também por todo o mundo. E todo o mundo está em casa conosco. Cada etnia, religião e identidade de gênero. Essa é a nossa grande riqueza. É que nós somos. E este vídeo é o oposto de quem nós somos.”
Com informações Jornal do Carro
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