Redação,Via Certa
Por Mário Curcio
Em assembleia realizada com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (PR), a Renault aprovou a redução de jornada em até 70%, com manutenção dos salários líquidos para cerca de 5,8 mil colaboradores da produção do Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR). A medida entra em vigor a partir do dia 18 de maio, duas semanas após os funcionários retornarem ao trabalho. No entanto, a montadora antecipou o encerramento dos contratos de 300 trabalhadores temporários.
Para aqueles que continuam, a diminuição das horas trabalhadas vai ocorrer conforme a necessidade de cada setor e linha de produção. Essa redução terá um prazo de 30 dias (contados a partir do dia 18), podendo ser prorrogada por mais um mês. Os salários líquidos serão mantidos porque a empresa completará os valores pagos pelo governo. A montadora adotou a Medida Provisória 936, prevista para reduzir os impactos da pandemia de Covid-19.
Para os 300 temporários que tiveram seu contrato encerrado, a montadora garante o pagamento de 100% do período faltante para o encerramento do contrato na rescisão, extensão de plano médico por três meses para o titular e dependentes, programa de orientação para a recolocação no mercado e possibilidade de participar de um banco de talentos para futuros processos seletivos.
“Não é uma decisão fácil, pois a não renovação dos contratos não é por qualquer problema de desempenho dos colaboradores, mas em função de uma necessária adequação da nossa produção ao mercado”, disse o presidente da Renault, Ricardo Gondo, sobre a dispensa dos temporários.
O Complexo Ayrton Senna produz os Renault Captur, Duster, Kwid, Logan, Oroch e Sandero. Lá também são feitos motores e a linha de utilitários Master.