Redação,Via Certa
A indústria de implementos rodoviários registrou queda de 13% das vendas acumuladas entre janeiro e abril ao compará-las com o mesmo período do ano passado. Os números divulgados na quarta-feira, 6, pela Anfir, associação dos fabricantes, revela que o volume ficou em 30,5 mil unidades, nível semelhante ao de igual período de 2015.
Contudo, o resultado do quadrimestre pode não refletir a realidade do momento, uma vez que o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) decidiu suspender a obrigatoriedade da emissão do CRV (Certificado de Registro do Veículo) CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo), a fim de evitar contaminação pela Covid 19. Com isso, os serviços nos Detrans foram paralisados levando a suspensão da emissão de quaisquer documentos.
Como resultado, parte dos implementos rodoviários não está sendo emplacada e por isso não consta na estatística do quadrimestre.
Por outro lado, existe de fato uma desaceleração do setor de implementos por conta da mesma desaceleração da economia e segundo a Anfir, a queda das venda só não foi maior porque antes da pandemia o setor vinha desenvolvendo de forma positiva sua carteira de clientes.
“A indústria estava com os planos de recuperação sendo implementados, o resultado são as vendas programadas que estão sendo entregues reduzindo os efeitos da paralisia na economia. A retomada foi interrompida e recuamos para o patamar de quatro anos atrás”, comenta o presidente da Anfir, Norberto Fabris.
O executivo indica que a situação deverá registrar volumes mais significativos a partir da suspensão da quarentena em alguns municípios, indicando que a atividade econômica poderá ser retomada em breve. Já parte dos associados da Anfir acredita que o mercado deve reagir no início do segundo semestre deste ano.
“Cidades de médio e pequeno porte tendem a voltar à normalidade antes de grandes centros, que são focos de maior contágio da doença. Os negócios deverão ser recuperados com operações menos concentradas e mais pulverizadas”, estima.