Redação,Via Certa
Por Giovanna Riato
Por Giovanna Riato
A pandemia de Covid-19 parou fábricas, interrompeu projetos e congelou a demanda por veículos no Brasil e no mundo. Neste contexto, precisar demitir colaboradores é a principal preocupação para 55,9% dos profissionais da indústria. A conclusão é do Termômetro do Setor Automotivo, pesquisa mensal desenhada por Automotive Business em parceria com a Roland Berger para sentir o fôlego das empresas do segmento para atravessar o atual momento.
A primeira edição do levantamento, feita no início de abril com 522 profissionais da indústria, mostra que, depois da necessidade de dispensar funcionários, as principais fontes de ansiedade são gerenciar a pressão por resultados e o congelamento de projetos relevantes. Já 39,7% apontam que o principal temor está na possibilidade de serem demitidos.
MAIORIA DAS EMPRESAS NÃO SUPORTA QUARENTENA POR MAIS DE 2 MESES
O termômetro concluiu que o fôlego da cadeia automotiva é curto: 41,2% dos respondentes dizem que as organizações em que trabalham suportam a quarentena por menos de dois meses antes de precisar tomar decisões drásticas, como demissões em massa, venda de operações ou recuperação judicial.
Com isso, grande parte destas companhias já está, neste momento, atravessando um período de cortes profundos.
“É muito preocupante pensar que grande parte das empresas não tem robustez financeira para suportar 2 meses em uma crise que, segundo as próprias expectativas do setor, deve ter efeito duradouro”, avalia Marcus Ayres, sócio da Roland Berger.
A fala do especialista está relacionada com outra informação aputada pelo Termômetro do Setor Automotivo: 56,3% dos respondentes apontam que as empresas que superarem a pandemia, precisarão de mais de um ano para equalizar os efeitos negativos deixados por ela.
Acompanhe nos próximos dias mais resultados do Termômetro do Setor Automotivo. Uma nova medição será divulgada em junho, com base em resultados de maio.