O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), informou que 175 agentes da Força Nacional de Segurança Pública vão reforçar a seguranca nos presídios do Estado e no patrulhamento das ruas na capital a partir da próxima semana. A tropa é composta por policiais militares e saiu neste sábado (10) do Rio de Janeiro, onde estava atuando nas Paralimpíadas. A previsão de chegada é nesta segunda-feira (12).
Segundo o governador, neste sábado (10), iniciam as obras de instalação de aparelhos de bloqueio de sinal de telefone celular dentro da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, localizado em Nísia Floresta, na Grande Natal. O serviço ficará pronto em até 15 dias e os telefones celulares dos presos não vão mais receber sinal de telefonia e ficarão inutilizados.
Alcaçuz é a maior unidade prisional do Estado com 1.200 presos custodiados. O presídio está superlotado, pois tem capacidade para apenas 620 presos. Os servidores lotados na unidade prisional enfrentam problemas com a falta de efetivo suficiente para fazer o monitoramento dos presos e a segurança interna do presídio, além de armamentos e organização, pois os presos de Alcaçuz estão soltos em pavilhões desde a série de rebeliões que ocorreu em março de 2015. Lá, trabalham seis agentes penitenciários por plantão, o que resulta em 200 presos para cada agente monitorar a segurança.
No dia 23 de agosto, o governador solicitou ao Ministério da Justiça o envio de 300 homens da Força Nacional para atuar em conjunto com as polícias Militar e Civil do Estado durante a instalação de bloqueadores de sinal de telefonia móvel em presídios do Estado. Porém, o Ministério da Justiça autorizou 175 homens por estar com o efetivo deslocado para atuar nas Paralimpíadas Rio 2016 e no Estado do Rio Grande do Sul.
Por quase duas semanas, o Rio Grande do Norte passou por uma crise de segurança, entre o final de julho e início de agosto, quando presos da Penitenciária Estadual de Parnamirim, localizada na Grande Natal, ordenaram uma série de ataques criminosos, com incêndios em ônibus e veículos pertencentes a prefeituras e órgãos públicos. Os ataques ocorreram em Natal e 41 cidades do interior.
Os crimes cessaram após a chegada de 1.200 homens do Exército, Marinha e Aeronáutica, que atuaram em Natal e cidades da região metropolitana, até o dia 24 de agosto.
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