Estacionamento da Ceasa pode ser ampliado

Foto: João Gilbero


A ampliação do estacionamento da Ceasa, através de devolução de terreno pelo Centro de Atenção Integral à Criança (Caic RN), na lateral da avenida Jerônimo Câmara, é a principal alternativa a ser estudada para minimizar um dos muitos problemas pelos quais passam a Central de Abastecimento do RN. Este foi o consenso a que chegaram os participantes da audiência pública realizada esta tarde (2) na Assembleia Legislativa (ALRN).
A transferência da sede da Ceasa para outro município, mesmo vizinho a Natal, como Parnamirim ou São Gonçalo do Amarante, como já foi cogitado outra vezes pela imprensa, é uma opção considerada inviável para os empresários, clientes, gestores e representantes de diversas instituições que lotaram o Plenarinho da Casa. Os deputados George Soares (PR) e Gilson Moura (PV) também participaram do evento.

A proposta de ampliar em cerca de dez metros o estacionamento da central pela avenida Jerônimo Câmara, em terreno hoje pertencente ao Caic, foi tão bem aceita pelo público presente, que durante o debate, uma proposição da deputada Gesane Marinho (PSD), técnicos da secretaria de Educação foram imediatamente ao local para estudar a viabilidade da proposta, que agora depende de uma decisão da secretária Betânia Ramalho. A informação foi de Gileno Souto, da Coordenadoria de Desportos, que representou a Secretaria de Educação do RN.
Construída há 39 anos, a Ceasa RN foi literalmente perdendo espaço por diversos motivos e hoje já não comporta uma demanda cada vez mais crescente por seus serviços: além de ceder terreno para a construção do CAIC, e para instalação de espaço para a agricultura familiar, também teve sua estrutura revista quando da reestruturação da avenida Capitão Mor Gouveia. São mais de dois mil veículos diários para uma média de 500 vagas. A regra de alternância de horários entre empresários, funcionários e clientes não é obedecida, visto que as pessoas madrugam no local a fim de disputar uma vaga.

Hoje, segundo seu diretor técnico, Cledionor Francisco de Mendonça, restam apenas 48% do terreno original. “Não temos mais como expandir”, relata. O diretor disse que diariamente mais de cem carros pernoitam no local, pois estão carregados e fazem de sua carroceria depósito, sem ter como distribuir a mercadoria pelos Box, que por sua vez já são pequenos para a demanda.
O presidente da Associação dos Usuários e Atacadistas, João José de Souza, mais conhecido como Jota Jota, disse que além da falta de espaço, a central também foi penalizada com um corte no orçamento pelo governo estadual. “A Ceasa hoje está num momento muito difícil”, disse.
Para Gesane Marinho, o debate foi bastante produtivo, pois mesmo antes do final já havia a proposta de ampliação do estacionamento: “Fui procurada por permissionários e todos querem uma solução para a sede atual, ninguém tem interesse na retirada da Ceasa de Natal. Essa é uma discussão importante que nunca havia sido trazida a esta Casa. A demanda por gêneros alimentícios só vem crescendo e a situação se tornou insustentável”, disse.

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