O capacete só protege se você souber usar!

Será que a lei foi feita para multar? Como foi que nasceram as leis de trânsito? Inúmeros especialistas colaboraram com os legisladores para a criação do Código de Trânsito Brasileiro, você sabia que muita gente ainda não o segue porque acredita que, se o guarda não ver, nada acontece com ele? Pois é, o que menos se pensa é que a própria vida está em jogo, principalmente no que diz respeito ao uso do capacete. Além das consequências legais (multa e suspensão do direito de dirigir), quem não usar o equipamento pode se machucar feio, e até morrer. Convidamos você para seguir viagem com a gente neste texto para aprendermos um pouco mais sobre como isso ocorre e como evitar.

Conheça as possíveis consequências do impacto

De acordo com Adriano Maeda, neurocirurgião e coordenador geral da comissão de residência médica do Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba, que também recebe grande quantidade de vítimas de acidentes de trânsito, o capacete oferece proteção ao impacto direto, pois protege a estrutura do crânio e o cérebro, minimizando a ocorrência de traumatismos crânio-encefálicos. “Pacientes com traumas pela falta de uso de capacete têm a possibilidade de contrair maiores problemas neurológicos com sequelas, como a paralisia, déficits motores e alterações de fala. O acidentado também pode apresentar dificuldades de cognição e compreensão, distúrbios de memória e alterações de fala”, enumera.
Fábio Alexandre Martynetz, ortopedista no mesmo hospital e membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, conta que pelo menos 50% de quem conduz motocicletas no perímetro urbano já sofreram algum trauma. O fato de serem geralmente em membros inferiores mostra que o uso do capacete tem evitado danos maiores. Mas Martynetz avisa que não basta apenas utilizá-lo. “Recomenda-se que o faça de forma adequada, uma vez que é ele que vai absorver boa parte da energia do trauma”, explica, acrescentando que – apesar de muitos preferirem o conforto e a estética em detrimento da segurança – isto precisa ser tratado de forma mais séria.
Como a frota de motocicletas tem aumentado exponencialmente – atualmente, é de quase 18,8 milhões no Brasil –, a tendência é que casos graves só aumentem, caso os motoristas não se tornem mais cuidadosos e conscientes no trânsito (veja box abaixo). De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Sangari, em 2015 as mortes no trânsito deverão ultrapassar o que era, até pouco tempo atrás, o grande vilão da letalidade violenta nacional: os homicídios.
Compilação de dados do Denatran e do Ministério da Saúde mostra a evolução do número de óbitos no trânsito e da frota entre 2006 e 2010

Estudo traz triste notícia ao Brasil
Em maio de 2012, foi divulgado um estudo inédito do Instituto Sangari, baseado em mais de 1 milhão de certidões de óbito, que mostrou que o Brasil é o vice-campeão, no mundo, entre os países onde mais morrem motoqueiros no trânsito, perdendo apenas para o Paraguai: são 7,1 mortos a cada 100 mil habitantes. Em 15 anos, essa taxa cresceu 846,5% e este não foi um erro de digitação. Para se ter uma ideia, a mesma taxa para os carros foi de 58,7%. E o pior: até o final do ano, morrerão mais 13 mil motoqueiros, sendo que 5,2 mil devem morrer no próprio local do acidente com a violência do impacto.
Você sabia que:
Segundo o Hospital das Clínicas de São Paulo, em 2010, a maioria dos motociclistas chegaram à emergência com lesões na cabeça e no pescoço (21,7%), grande parte devido à não utilização do capacete? Seguindo a estatística, 12,3% chegaram com lesões nos ombros, braços, antebraços, cotovelos, pulso e mão. Ferimentos e danos no rosto têm a representatividade de 10,2% dos acidentados.


O capacete ideal
Que o capacete é fundamental para a segurança no trânsito, isso não é novidade. Mas é preciso saber usá-lo – não deixando de afivelá-lo, por exemplo –  e saber como escolher o melhor para cada motorista. Confira algumas dicas para adquirir o capacete ideal:
• Comprar um capacete que tenha o selo do Inmetro;
• Buscar comprar capacetes com cores claras para facilitar a visibilidade de quem o vê;
• O capacete deve encaixar simetricamente na cabeça, não devendo inclinar-se para trás;
• A viseira e o protetor de queixo não devem tocar a face;
• Considere um capacete feito de material reflexivo ou que tenha fita refletiva na parte traseira e nas laterais;
• Compre capacetes sem defeitos como rachaduras, estofamento solto, correias desgastadas ou metais expostos. Esses problemas são mais comuns com capacetes usados, mas são inadmissíveis em capacetes novos.

(Fonte: JMOnline)


Crédito: Divulgação

Campanhas voltadas ao motociclista têm se multiplicado, como esta da capital Teresina, do Piauí.

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